“A Morte Silenciosa da Versão Que Eu Já Não Sou”
Hoje morre a que eu fui.
8/16/20251 min ler


Hoje deixo morrer a que tentava.
A que achava que precisava provar.
A que acordava todos os dias carregando o mundo
como se o mundo não pudesse girar sem ela.
Hoje morre a pessoa que se vestia de sabedoria
enquanto chorava em silêncio no travesseiro.
Hoje morre a mulher que se comparava.
A que sentia vergonha por não conseguir manter tudo em ordem.
Hoje, não quero mais títulos.
Não quero mais respostas.
Não quero mais vencer nada.
Quero apenas sentar no chão do que resta
e olhar para mim sem máscara.
Ver o cansaço nos meus olhos.
Ver a fé que ainda pulsa, mesmo pequena.
Ver a criança que só queria ser amada
e a alma que já entendeu que não precisa ser perfeita para ser inteira.
Hoje morre a que eu fui.
E não preciso fazer nada para isso.
Só respirar.
Porque tudo o que eu sou de verdade
não precisa nascer.
Apenas ser lembrado.
E no silêncio que sobra…
eu me reconheço VIVA e INTEIRA.
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